sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A invenção do microscópio e a sua importância.

Olá, pessoal!!! O texto abaixo refere-se à importância da microscopia em relação aos mecanismos que são responsáveis pela manutenção da vida. A descoberta da célula está intimamente relacionada com a invenção do microscópio. Foi a partir deste aparelho, que se descobriu a existência das células e dos microorganismos, possibilitando desenvolver todos os conhecimentos que se tem hoje. E esses conhecimentos são fundamentais para que nós acadêmicos do curso de Biologia possamos entender todos os processos que envolvem a vida dos seres vivos. Não deixem de ler, eu aposto que vocês vão adorar saber mais sobre este assunto.
A descoberta da célula e a teoria celular
Maria Aparecida de Almeida Lico*

A invenção do microscópio, cerca de 400 anos atrás, começou a revelar à humanidade o mundo minúsculo das células e dos microorganismos. Acredita-se que tenham sido dois holandeses, fabricantes de óculos, Hans e Zacharias Janssen, pai e filho, os inventores do primeiro aparelho em 1591.
Entretanto, foi outro holandês, Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), quem fez as primeiras observações de materiais biológicos. Os microscópios de Leeuwenhoek tinham apenas uma lente. Mesmo assim ele observou um material bem variado como os espermatozóides do sêmen de animais e os glóbulos vermelhos do sangue humano. Desse modo, ele descobriu a existência dos microorganismos, que, na época, foram chamados genericamente de micróbios.
Por ter apenas uma lente, o invento de Leeuwenhoek, é chamado de microscópio simples. Tomando conhecimento de sua existência, o inglês Robert Hooke (1635-1703) o aperfeiçoou e construiu um aparelho com duas lentes, que ficou conhecido como microscópio composto, o que permitiu observações ainda mais ampliadas do mundo dos microorganismos.

A descoberta da célula
Com seu aparelho, Robert Hooke fez muitas observações e descreveu o que viu utilizando-se também de desenhos. Em 1665, publicou suas observações em um trabalho chamado "Micrographia". Nesse trabalho, entre outros desenhos, estão os que fez ao observar a cortiça, material que constitui a casca de certas árvores da Europa. Observando fatias muito finas de cortiça, Hooke descobriu que esse material tem densidade baixa por ser constituído de caixinhas microscópicas vazias. Cada caixinha, o cientista chamou de "cell", que significa cavidade, cela, em inglês. Essa denominação originou o nome célula - diminutivo de cela - em português.
Depois da descoberta da célula, outros pesquisadores passaram a estudar as diversas partes das plantas e, posteriormente, os animais também foram estudados. Logo foi descoberto o material gelatinoso que constitui o citoplasma das células. Em 1833, o botânico escocês Robert Brown (1773-1858) constatou que a grande maioria das células tinha uma estrutura interna ovóide ou esférica, a que chamou de núcleo.
Outras observações e descobertas dessa época foram a membrana plasmática em células animais e vegetais e um envoltório externo a essa membrana, nas células vegetais, a parede celular.

A teoria celular
Os estudos continuaram e os microscópios foram sendo gradativamente aperfeiçoados. Com isso, obtiveram-se imagens cada vez mais nítidas do mundo miscroscópico, que permitiam observações e descrições mais rigorosas. Em 1838, o botânico alemão Mathias Schleiden (1804 - 1881) concluiu que todas as plantas eram constituídas por células. Um ano depois, o zoólogo Theodor Schwann (1810 - 1882), também alemão, chegou à mesma conclusão em relação aos animais. Essa generalização proposta por Schleiden e Schwann ficou conhecida como teoria celular: todo ser vivo é constituído por células.
Os vírus e as células
A formulação da teoria celular fez aumentar o interesse dos cientistas pela microbiologia e os processos vitais da célula passaram a ser estudados. Descobriu-se a existência de organismos unicelulares (como as bactérias), isto é, formados por uma única célula. A partir daí, chegou-se à conclusão de que uma célula tem que desempenhar determinadas atividades características dos seres vivos, como se alimentar, obter energia e reproduzir-se.
Desde o século 19, portanto, a célula passou a nortear os estudos da biologia. A partir de 1950, o desenvolvimento do microscópio eletrônico permitiu o estudo dos vírus - os menores organismos conhecidos - e a constatação de sua estrutura acelular, ou seja, ele não se compõe de células. Inicialmente acreditou-se que essa descoberta abalaria a teoria celular, mas isso não ocorreu. Para se reproduzirem, os vírus precisam invadir uma célula viva e utilizar sua matéria-prima e energia. Essa constatação acabou confirmando que as atividades essenciais à vida sempre ocorrem no interior das células vivas.

* Maria Aparecida de Almeida Lico é bióloga e professora de Ciências, no Colégio Ítaca e no Núcleo Educacional Granja Viana.
http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u13.jhtm
Vocês viram como o microscópio é importante? Quando estudamos Citologia, Histologia, Embriologia e até mesmo Botânica, os conceitos ficam mais claros a partir do momento que temos o contato com o microscópio. É muito interessante quando vemos as células que formam os tecidos vegetais e animais. Infelizmente, a maioria das escolas públicas não tem acesso a esse aparelho e isso acaba dificultando a compreensão das disciplinas. Seria muito bom se todos tivessem a oportunidade que nós tivemos aqui na Universidade. Graças a esses cientistas, hoje temos um aparelho que ajuda não só os estudantes de Ciências Biológicas, mas também outros estudantes da área da saúde.

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